Este é o registo de batismo de Aquilino Ribeiro, escritor português com honras de Panteão Nacional.
"Aos sete dias do mês de novembro do ano de mil oitocentos e oitenta e cinco, nesta igreja paroquial de Nossa Senhora da Corredoura desta freguesia dos Alhais, concelho de Fráguas, diocese de Lamego, pus os santos óleos a um indivíduo do sexo masculino a quem dei o nome de Aquilino, apresentado por Maria de Jesus, natural desta freguesia, e que disse que tinha sido batizado em casa por necessidade e que nasceu na freguesia do Carregal, concelho de Sernancelhe, diocese de Lamego, à uma hora da tarde do dia treze do mês de setembro do mesmo ano, filho natural e primeiro do nome de Mariana do Rosário, solteira, criada de servir, batizada, natural e moradora e paroquiana na freguesia de Peva, Moimenta da Beira, diocese de Lamego. Neto paterno de avós incógnitos e materno de Filipe Gomes e de Maria dos Santos, de Soutosa..."
Como podemos ver num dos averbamentos, o Aquilino foi perfilhado por Joaquim Francisco Ribeiro, que em 1885 era o padre da freguesia do Carregal, onde o Aquilino nasceu. Como era natural, o padre não podia batizar o próprio filho, pelo que o batismo se realizou na igreja vizinha de Alhais.
Apesar de a mãe ser um pessoa humilde - era criada de servir - o Aquilino Ribeiro teve a oportunidade de estudar e de se tornar uma figura ímpar da nossa sociedade, seguramente com o apoio do pai.
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