Nos dias de hoje existe na sociedade uma preocupação crescente de não estigmatizar o próximo. Mas nem sempre foi assim. Neste registo de óbito de 1893 temos duas referências claras a características físicas de pessoas, que acabaram por ser incluídas nos nomes das mesmas: faleceu a Maria Pequena, filha da Maria Perneta.
O registo diz o seguinte:
“Aos vinte e dois dias do mês de dezembro do ano de mil oitocentos e noventa e três, pelas nove horas da manhã, nesta vila, freguesia e concelho de São Pedro do Sul, diocese de Viseu faleceu sem os sacramentos da Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana, um indivíduo do sexo feminino por nome Maria Pequena, solteira, ex-criada de servir, vivia atualmente sem regularidade nas faculdades mentais, teria de idade setenta e dois anos pouco mais ou menos; filha natural de Maria Perneta, solteira, trabalhadeira, ambas naturais e moradoras que foram nesta mesma vila. Não testou nem deixou filhos, e seu corpo foi sepultado no cemitério público desta freguesia de São Pedro do Sul. E para constar mandei lavrar em duplicado este assento de óbito que assino. Era ut supra.
O vigário Henrique de Almeida Barreiros”
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